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sábado, 25 de janeiro de 2014

História da Família Brit(t)es

* Por tio Alfeu Paim Brites

O Coronel Salustiano Brites radicou-se no território do município de Uruguaiana no ano de 1865. Como integrante do Exército Paraguaio, comandado pelo general e ditador paraguaio SOLANO LÓPEZ, por ocasião da Guerra do Paraguay contra os países da Tríplice Aliança, a saber: Império do Brasil, República Argentina e República Oriental do Uruguay, uma forte facção do exército paraguaio, composta de quase 6000 soldados, invadiu, saqueou e sitiou, via São Borja, a então Vila de Uruguaiana.

General paraguaio Francisco Solano López

Posteriormente os invasores foram sitiados pelas forças dos três países aliados, por terra e água. Comandou as forças navais o então Capitão FLORIANO PEIXOTO. Anos depois, no posto de Marechal, eleito presidente do Brasil.

Com o implacável cerco da Vila de Uruguaiana, após inúmeras tratativas, no dia 18 de setembro do ano de 1865, no lugar denominado "Coxilha da Tríplice aliança", as forças paraguaias, evitando dizimação e derramamento de muito sangue dos seus compatriotas, renderam-se, desfilando toda a tropa frente aos chefes de estado dos três países aliados: Imperador Dom Pedro II, General Flores, presidente do Uruguai e General Mitre, presidente da Argentina.

Condições do Armistício

Comandava a facção do exército Paraguai o coronel Estigarríbia, massom.

Como condição da rendição, foi imposto aos militares paraguaios não voltarem mais ao Paraguai, eis que reforçariam as colunas das forças paraguaias.




Depondo as suas armas, com a ressalva dos oficiais superiores permanecerem com suas espadas, poderiam escolher os territórios de qualquer dos três países aliados para fixarem residência.

Permanência do Cel. Salustiano Brites em Uruguaiana

O coronel paraguaio Salustiano Brites, grafia antiga BRITTZ, fixou-se em Uruguaiana. Aqui, casou-se com a srta. AMÉLIA DA SILVA BORGES, avó paterna dos irmãos Brites, falecida em Alegrete, filha de fazendeiros que eram proprietários de uma fazenda em Uruguaiana, localidade de Capela do Ipané, antigo 4º distrito de João Arregui.

Anos depois, já com muitos filhos e filhas, um filho do famoso chefe político, Cel. Neco Costa, então proprietário da Fazenda "35", no silvestre, município de Alegrete, que tinha sob seu comando uma tropa de jagunços degoladores, próceres do Gen. Flores da Cunha, então intendente de Uruguaiana e do Dr. Borges de Medeiros, então presidente do Estado do Rio Grande do Sul, dito filho de Neco Costa desonrou uma(s) filha do casal, Cel. Salustiano Brites e Amélia Borges Brites.

Oficial brasileiro e prisioneiro paraguaio, 1865. A Prática da degola era comum

Para lavar a honra da família evitar luta sangrenta com os jagunços do Del. Neco Costa, a família Brites vendeu tudo o que possuía em Uruguaiana e transferiu-se para a cidade de Alegrete. Lá não reinvestiu o capital com suas vendas nesta cidade e terminou seus dias muito pobre. Possuía o total de dezoito (18) filhos legítimos.

Depoimento confirmando os fatos aqui registrados

O irmão e tio Alfeu Brites, autor desta biografia do avô, Cel. Salustiano Brites, relata que não conheceu em vida seu avô paterno.

Porém, quando ainda menino, com dez ou doze anos de idade, periodicamente visitava sua avó paterna, Amélia Borges Brites, já viúva, em alegrete.

Às vezes, com certo orgulho do falecido marido, Cel, Salustiano Brites, a velhinha abria um(ns) baú gigante, muito usado pelas famílias antigas, com tampão convexo, arredondado, e tirava do baú uma(s) maleta alta, escura, aveludada, com tampa, em forma cilíndrica, e, de dentro dela tirava o fardamento do Cel. Salustiano Brites, de cor pendente a cáqui, com galões dourados, quepe, cinturão, espada, etc, e o mostrava como relíquia aos netos.

Passados os anos, falecida a avó Amélia, acredito que estas relíquias históricas, pertencentes ao coronel paraguaio Salustiano Brites, tenham ficado em poder do meu falecido irmão, Ulysses Paim Brites, tenente do Exército Brasileiro, neto e filho de criação da avó Amélia Borges Brites.

Obelisco

No final de abril (4), nesta agenda, está estampada a bela foto do OBELISCO, localizado nesta cidade de Uruguaiana, no cruzamento das avenidas Presidente Getúlio Vargas e Flores da cunha, em diagonal à Estação Rodoviária.

Obelisco de Uruguaiana


Simboliza e foi construído no local onde os historiadores afirmam ser a denominada "Coxilha da Tríplice Aliança", precisamente onde ocorreu a rendição do exército paraguaio invasor, na data de dezoito de setembro do ano de 1865.

Este obelisco foi construído no governo municipal do médico, Dr. Homero Tarrago, muito amigo do finado pai, Marcírio Brites, na época do governo militar do Brasil.

O relator destas linhas esteve presente na festiva inauguração desse marco histórico. Houve parada militar com banda marcial e discursos das autoridades, inclusive consulares.

Sucintamente, com algumas incorreções gráficas, fiz estes relatos.

Ao fazê-lo, como descendente consangüíneo de algumas das personagens citadas, como espírita, a medida que ia fazendo os registros, pressentia influências fluídicas no meu aparelho receptor.

Com a minha sincera e humilde homenagem a todos os que tiveram a paciência de ler o aqui escrito, expresso meu fraternal afeto.


Uruguaiana, 26.06.2000

(2ª feira)

Alfeu Paim Brites

20 comentários:

  1. Muito bom. Conte-nos a história do Vô Marcirio, por favor.

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  2. Márcia, não temos muitos dados, somente que era muito pobre, comerciante, e foi juntando dinheiro aos poucos. Tens alguma fonte que possa nos enviar?

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  3. A mãe conta, que o vovô viveu muitos anos sozinho, ao menos sem assumir ninguém. Só então que encontrou a avó da Márcia Brites, filha do Mário Brites, filho do vovô em segundas núpcias. Bem, pra mim concubinato é casamento....rsrsrsrs

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  4. Hebe, dia 18, às 9h, teremos um post exclusivo sobre o histórico do vô marcírio. Fica atenta!

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  5. Olá! me chamo Eva Brites, e lendo o jornal Zero hora, me deparei com o blog da família, achei interessante, porque também sou Brites.Meu pai se chamava Vital Bernardes de Brites, morávamos em Santa Maria, hoje minha mãe mora em Dilermando de Aguiar, também somos festeiros, nos juntamos na páscoa e no natal, em Dilermando.Será que temos algum parentesco, vejo que alguns tem o Brites com dois tes, qual é o certo.Adorei a história.um aabraço.

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    1. A família Brites é mesmo muito grande. Originamente, o Brittes de Marcírio Borges Brittes era com dois Ts, mas ele assinava com um. Com o tempo, alguns filhos/netos foram registrados com um, normalmente por erro do escrivão. Assim, temos duas formas de sobrenomes

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  6. Bom dia, meu nome é Adilson, sou de Araraquara SP, estou a procura de Antonio de Brites, que, na ocasião, cerca de 40 anos atrás, tocava harpa em uma banda paraguaia em Praia Azul, tenho foto dele na banda.
    Peço a gentileza de quem o conhecer entrar em contato para maiores esclarecimentos.
    Meu email é adilson.araraquara@gmail.com
    Obrigado pela atenção

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  7. Bom dia, meu nome é Adilson, sou de Araraquara SP, estou a procura de Antonio de Brites, que, na ocasião, cerca de 40 anos atrás, tocava harpa em uma banda paraguaia em Praia Azul, tenho foto dele na banda.
    Peço a gentileza de quem o conhecer entrar em contato para maiores esclarecimentos.
    Meu email é adilson.araraquara@gmail.com
    Obrigado pela atenção

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  8. Sou de uma Vila no interior de São borja la tem muitos brites minha família toda e brites ,bom saber as origens amei

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  9. Oi entrei por acaso no site, a família do meu pai é Brites, e minha vó paterna me relatou que meu bisavô era argentino casou com uma paraguaia, morou no Paraguai e veio morar no Brasil na época da guerra do Paraguai, ele era soldado.

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  10. Me chamo Fábio Joni Aires Brittes, moro em Imbé , mas sou natural de Alegrete,muito legal a história dá Família,meu avô se chamava Luziano Brittes,e meu pai Luciano Brittes,moravaram em Artigas no Uruguai.

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  11. Olá,

    Meu nome é Jesse, minha familia paterna é Brites natural de Corrientes Argentina. Será que o Brites de Corrientes tem ligação com os Brites citado acima?

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  12. Estava fazendo a árvore genealógica da minha família. Esta história se assemelha com a história que meu tio contou. Gostaria de saber se temos realmente ligação.

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  13. Olá meu nome é Raquel Brites sou neta de José Izidoro Brites. Alguém faz parte da dessa descendência?

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    1. Bom dia Raquel, neste ramo de Marcirio e Ecilda não conheço ninguem com este nome

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  14. Meu nome é Washington César Vieira Paim. Filho de José Maria Fioravante Paim. Meu avô paterno era Liderau Alves Paim. Minha avó paterna era Aldocina Fioravante Paim. Meu pai dizia que era parente do primeiro padre do Alegrete de nome José Paim.somos todos do Alegrete.

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  15. Oiiii meu nome é Georgia Brittes, sou neta do Tenente Anorivaldo Brittes e de Malvina Moraes Brittes, meu pai era Jorge Assis Moraes Brittes, natural de Itaqui. Será que tenho parentesco com essa "Britaiada" toda???

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  16. meu nome é gerson luiz brites, filho de Silas brites nascido em 05\08\1922 antonina pr... consegue ver meu parentesco

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